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Apresentação
O Laboratório de Geologia Isotópica da Universidade Federal do Pará (Pará-Iso), criado em 1983 com recursos da FINEP/FNDCT, está ligado ao Programa de Pós-Graduação em Geologia e Geoquímica do Instituto de Geociências da UFPA. Desde a sua criação, seus membros têm procurado ampliar o número de metodologias implantadas na busca de colaborar na resolução de diversos problemas geológicos e atender um maior número de usuários. Esse atendimento tem sido realizado através do desenvolvimento de trabalhos acadêmicos (teses, dissertações, iniciações científicas etc.), colaborações científicas, convênios e prestações de serviço. Os interessados em realizar estudos isotópicos e/ou geocronológicos no Pará-Iso devem procurar um de seus pesquisadores (ver endereços eletrônicos em Equipe).
Missão
A missão do Laboratório é fornecer à comunidade geocientista idades absolutas, razões isotópicas e teores de elementos químicos para aplicação na investigação de ambientes, processos de formação e evolução de rochas e minerais, na caracterização de fonte e amplitude de poluições metálicas, bem como na exploração de hidrocarbonetos. A missão do Laboratório inclui também a formação de recursos humanos qualificados em nível de graduação e pós-graduação e contribuir para projetos de levantamento geológico visando um melhor conhecimento do sub-solo brasileiro e seus recursos minerais, em especial na região Amazônica.
Notícias
- 40 ANOS DO LABORATÓRIO PARÁ-ISO: Sessão Temática Especial no 17º Simpósio de Geologia da Amazônia (Santarém-PA, 2023). Confira os trabalhos apresentados:
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GEOCRONOLOGIA U-Pb EM ZIRCÃO COMO FERRAMENTA DE INVESTIGAÇÃO DE PROVENIÊNCIA SEDIMENTAR;
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ISÓTOPOS RADIOGÊNICOS APLICADOS A ESTUDOS AMBIENTAIS NA AMAZÔNIA ORIENTAL;
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QUARENTA ANOS DE CONTRIBUIÇÃO DO LABORATÓRIO PARÁ-ISO À GEOLOGIA ISOTÓPICA DA AMAZÔNIA;
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MÉTODOS ISOTÓPICOS APLICADOS A ESTUDOS DE EVOLUÇÃO CRUSTAL NA AMAZÔNIA ORIENTAL;
DOCENTES:
Andréia Cardoso Pereira (UFPA, Permanente) - 
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Graduação em Química, pela Universidade Estadual do Maranhão (2006); Mestrado em Ciências, área de concentração em Química Analítica, pelo Instituto de Química de São Carlos da Universidade de São Paulo - IQSC/USP (2010); Doutorado em Ciências, área de concentração em Química na Agricultura e no Ambiente, pelo Centro de Energia Nuclear na Agricultura da Universidade de São Paulo - CENA/USP (2014). Pós-doutorado pelo Programa PNPD junto ao Programa de Pós-Graduação em Ciências dos Materiais da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) (2015). Atualmente, é professora Adjunto da Universidade Federal do Pará junto ao Instituto de Geociências (IG/UFPA). Possui experiência na área de Química Analítica, com ênfase em análises por injeção em fluxo com multicomutação e preparo de amostras.
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Candido Augusto V. Moura (UFPA, Permanente) - Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
Bolsa PQ CNPq: Nível C
Grupo de Pesquisa
Possui graduação em Geologia pela Universidade Federal do Pará (1978), mestrado em Geologia e Geoquímica pela Universidade Federal do Pará (1982) e doutorado em Geocronologia - University of New Hampshire (1992). Pós-doutorado na University of Bristol (2010). Atualmente é Professor Titular da Universidade Federal do Pará. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Geologia, atuando principalmente em geologia isotópica e geocronologia (U-Th-Pb, Sm-Nd, Rb-Sr) de terrenos pré-cambrianos das províncias Tocantins e Borborema. Sua atuação científica se extende também ao uso da geologia isotópica em estudos de proveniência sedimentar de cinturões neoproterozoicos e de sucessões paleozóicas de bacias intracratõnicas. Adicionalmente, utiliza a geologia isotópica no estudo de águas naturais.
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Fábio dos Santos Pereira (UFPA, Permanente) - Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
Graduação em Geologia pela Universidade Federal de Sergipe (2016), mestrado pelo Programa de Pós-Graduação em Geociências e Análise de Bacias da Universidade Federal de Sergipe (2019) e doutorado pelo Programa de Pós-Graduação em Geologia e Geoquímica da Universidade Federal do Pará (2023). Foi bolsista CAPES de pós-doutorado do Programa de Pós-Graduação em Geologia da Universidade Federal da Bahia, onde desenvolveu pesquisa voltada à implementação e otimização de rotinas analíticas para datação U-Pb de minerais acessórios por LA-ICP-MS. Atualmente é professor adjunto da Faculdade de Geologia da Universidade Federal do Pará. Atua nas áreas de geoquímica, petrologia, geocronologia e geologia isotópica. É participante do Laboratório de Petrologia Aplicada à Pesquisa Mineral (LAPA/UFS) e do Laboratório de Geologia Isotópica (Pará-Iso/UFPA).
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Jean Michel Lafon (UFPA, Permanente) - Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
Bolsa PQ CNPq: Nível BGrupo de Pesquisa
Possui graduação em Geologia (1981), mestrado em Geologia (1983) e doutorado em Geocronologia pela Universite de Montpellier II (Sciences et Techniques du Languedoc - França) (1986). Realizou pós-doutorado no BRGM - Orléans - França (1998). É professor Titular da Universidade Federal do Pará e desenvolve suas atividades de pesquisa no Laboratório de Geologia Isotópica do Instituto de Geociências. Foi coordenador do Programa de Pós-Graduação em Geologia & Geoquímica da UFPA. Tem experiência na área de Geoquímica Isotópica, com ênfase na linha de pesquisa "Geocronologia e Evolução Crustal", desenvolvendo principalmente estudos geocronológicos e geodinâmicos dos terrenos arqueanos e proterozoicos da porção sudeste do Escudo das Guianas e do Craton Oeste Africano, e na linha de pesquisa "Geoquímica Isotópica Aplicada", desenvolvendo estudos com isótopos radiogênicos na área de meio ambiente, geologia costeira e marinha e, arqueometria. Orienta dissertações e teses na UFPA e Atua como revisor de revistas nacionais e internacionais.
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João Marinho Milhomem Neto (UFPA, Permanente) - Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
Geólogo pela Universidade Federal do Pará-UFPA (2010), mestre em Geologia (2012) e doutor em Geoquímica e Petrologia (2018) pelo Programa de Pós-Graduação em Geologia e Geoquímica (PPGG) da UFPA. É professor Adjunto do Instituto de Geociências da UFPA, vinculado à Faculdade de Geologia (FAGEO) e ao PPGG. Atua na FAGEO nas áreas de Petrologia e Mapeamento Geológico e no PPGG na linha de pesquisa "Geocronologia e Geoquímica Isotópica". É membro do Laboratório de Geologia Isotópica da UFPA (Pará-Iso) e do Grupo de Pesquisa em Petrologia e Evolução Crustal (GPEC). Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Geologia, Geocronologia (U-Pb, Lu-Hf e Sm-Nd), Geoquímica Isotópica (C, O e Sr em carbonatos) e Espectrometria de Massa, atuando principalmente em estudos de evolução crustal no leste do Cráton Amazônico, Cinturão Araguaia e Província Borborema. Diretor Vice-Presidente da Sociedade Brasileira de Geologia-Núcleo Norte (2025-2026).
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Marco Antonio Galarza (UFPA, Permanente) - Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
Marco Antonio Galarza, natural de Zaruma - Equador, graduado em Geologia - Escuela Superior Politécnica del Litoral (ESPOL) Equador (1991); Mestrado (1998) e Doutorado (2002) em Geoquímica e Petrologia pelo Programa de Pós-Graduação em Geologia e Geoquímica (PPGG), Instituto de Geociências da Universidade Federal do Pará (IG/UFPA). Atualmente é Professor Titular da UFPA, Faculdade de Geologia e do PPGG, onde ministra as disciplinas de Mapeamento Geológico 2, Métodos Estatísticos Aplicados à Geoquímica, Técnicas Analíticas em Geocronologia e Estatisca Aplicada à Geociências. Coordenador do Setor de Espectrometria de Massa do Laboratório de Geologia Isotópica (Pará-Iso). Membro dos Grupos de Pesquisa: Geologia Isotópica, Petrologia e Evolução Crustal (GPEC) e Geologia e Geoquímica Ambiental. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Espectrometria de Massa, Geocronologia e Geoquímica Isotópica (U-Pb-Hf-Nd-Sr), Geologia e Mapeamento Geológico. Desenvolve estudos com isótopos radiogênicos nas regiões da Província Carajás, Província Borborema e Cinturão Araguaia. Orientador de mestrado e doutorado.
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Moacir José Buenano Macambira (UFPA, Permanente) - Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
Graduação e mestrado em Geologia pela Universidade Federal do Pará, onde foi professor desde 1984 e chefe do Laboratório de Geologia Isotópica. Doutorado em Geocronologia pela Universidade de Montpellier II (França, 1992), pós-doutorado na Australian National University (Canberra, 2005) e Pesquisador Visitante na USP/FAPESP (2020). Tem aplicado isótopos em estudos de evolução crustal, incluindo rochas sedimentares e metalogênese, em várias regiões da América do Sul, especialmente no sudeste da Amazônia. Foi Diretor Científico da Fundação Amazônia Paraense de Amparo à Pesquisa (2011-15) e membro de sete diretorias regionais e nacionais da Sociedade Brasileira de Geologia, incluindo duas vezes Presidente Nacional. É Professor Titular aposentado e Professor Voluntário da UFPA.
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TÉCNICOS:
Jeferson da Silva Barbosa (Técnico de Laboratório - Química) Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
Possui graduação em Quimica Industrial pela Universidade Federal do Pará (2004) e especialização em Química Analítica pela Faculdade Metropolitana do Estado de São Paulo (2022). Atualmente é técnico da Universidade Federal do Pará. Tem experiência na área de Química, com ênfase em Química Analítica.
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Paulo Marcos Lobato Bahia (Químico) Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
Possui graduação em Licenciatura em Química pela Universidade Federal do Pará (2000) e mestrado em Química Analítica pela Universidade Federal do Pará (2003). Atualmente é Químico da Universidade Federal do Pará e PROFESSOR CLASSE III do Governo do Estado do Pará. Tem experiência na área de Química, com ênfase em Química Analítica. Atuando principalmente nos seguintes temas: Mercúrio, região do tapajós, solos amazônicos.
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Renan Almeida de Carvalho (Técnico de Laboratório - Mineração) Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
Possui mestrado em Ensino de Ciências Ambientais (Proficiamb-UFPA), com graduação em Geologia pela Universidade Federal do Pará (UFPA) e Capacitação Técnica em Mineração pelo Instituto Federal do Pará (IFPA). Atualmente cursa graduação em Engenharia Civil (UFPA). É servidor da Universidade Federal do Pará lotado no Laboratório de Geologia Isotópica (Pará-Iso). Na área de Geociências tem experiência em Geoprocessamento e Cartografia. Na área de Engenharia tem experiência em projetos com ênfase em CAD. Quanto a prática docente, cursou um período em Licenciatura Plena em Matemática pela Universidade Estadual do Pará (UEPA), atuando em espaços formais de ensino como colaborador do Programa Federal Mais Educação.
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Rubem Lopes Costa Silva Junior (Engenheiro - Elétrica) Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
Possui graduação em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal do Pará (2005). Especialização em Gestão de Projetos pela Faculdade Estratego (2019), e é mestrando na área de Sistemas de Energia do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica da Universidade Federal do Pará. Atuou como Engenheiro de Manutenção Elétrica nas áreas de Projetos de Redes de Distribuição; Proteção de Redes de Distribuição; Projetos de Pesquisa e Desenvolvimento; Manutenção Eletromecânica; Fiscalização de obra; Manutenção Autônoma; Manutenção Preditiva de Transformadores e Operação de Sistemas de Transmissão. Atualmente é servidor da Universidade Federal do Pará (UFPA) onde atua como engenheiro eletricista responsável por planejar e coordenar a operação e a manutenção de equipamentos de infraestrutura laboratorial, elaborar normas e documentação técnica e assessorar as atividades de ensino, pesquisa e extensão no Laboratório de Geologia Isotópica do Instituto de Geociências (PARÁ-ISO/IG/UFPA).
O Laboratório de Geologia Isotópica - Pará-Iso - do Centro de Geociências (CG) da Universidade Federal do Pará (UFPA) entrou em funcionamento em 1983, sob a coordenação do Prof. Ariel Provost (França), com o apoio do Prof. Thomas Scheller (Alemanha) e do bolsista DCR/CNPq, Moacir Macambira. Na etapa de instalação do laboratório, foi fundamental o apoio do Prof. Koji Kawashita do Centro de Pesquisas Geocronológicas da Universidade de São Paulo. Naquela ocasião, o Pará-Iso contava com um espectrômetro de massa de ionização termal (TIMS, thermo ionization mass spectrometer), modelo ISOMASS 54E, adquirido em 1981. Essa equipe implantou o método Rb-Sr em rocha total e minerais, iniciando uma linha de colaboração a diversos pesquisadores vinculados ao CG da UFPA e a outras instituições nacionais e estrangeiras.
A dificuldade em conseguir contratar especialistas em geocronologia e geoquímica isotópica levou ao desenvolvimento de um programa de treinamento para formação de pessoal nacional. Com isso, foram fixados à equipe inicial os Profs. Moacir Macambira e, posteriormente, Candido Moura.
Em 1986, o Prof. Jean-Michel Lafon (França), especialista no método geocronológico U-Pb em zircão, ingressou no Pará-Iso em substituição ao Prof. Provost. A vinda do Prof. Lafon permitiu a saída para o exterior, de dois professores do Pará-Iso: Moacir Macambira (França) e Candido Moura (EUA), a fim de desenvolverem doutorados em geocronologia e geoquímica isotópica . Nesse ínterim, o Prof. Lafon coordenou a implantação do método Pb-Pb em rocha total e minerais, e adequou a sala de química do Pará-Iso às condições de limpeza obrigatórias para a implantação do método geocronológico U-Pb em zircão. Com a conclusão dos doutorados dos professores Macambira e Moura, o Pará-Iso passou a contar, em 1992, com um quadro de quatro doutores permanentes.
Em 1993, após uma reforma de suas instalações custeadas pela UFPA, o Pará-Iso acolheu, como Professor Visitante, o Dr. Henri Gaudette (Universidade de New Hampshire - EUA). O Prof. Gaudette, juntamente com a equipe do Pará-Iso, implantaram o método de datação de monocristais de zircão por evaporação de Pb (Pb-Pb em zircão). Recente e dominado por poucos laboratórios no mundo, o método Pb-Pb em zircão tem fornecido resultados de grande precisão, com rapidez e segurança.
A expansão do quadro de pesquisadores do Pará-Iso e a demanda analítica existente levou a direção do CG/UFPA, em 1994, a ampliar o espaço físico do laboratório visando a sua modernização instrumental e a instalação de seus pesquisadores em espaço adequado. Assim, foi submetido, em 1995, ao programa PADCT, um projeto para aquisição de um novo espectrômetro de massa marca Finnigan, modelo MAT 262. Esse TIMS, equipado com o sistema de multicoleção, permitiu a ampliação e o melhoramento das metodologias analíticas utilizadas no laboratório. Merece destaque, como exemplo, a imediata implantação do método Sm-Nd. Além disso, foi sensivelmente melhorado o método Pb-Pb em zircão, já que o novo equipamento permitia empregar a técnica de filamento duplo, o que aumenta a precisão analítica.
A segunda metade da década de 1990 foi dedicada a consolidação do Pará-Iso como o único laboratório de geocronologia da região Norte e Nordeste do país, e de sua inserção no cenário nacional da pesquisa em geologia isotópica. Para isso, foi dedicada atenção especial à ampliação da cooperação científica com outras instituições de ensino e pesquisa do país e na prestação de serviços a empresas e instituições. Nessa ocasião iniciou-se a colaboração com geólogos da PETROBRAS na análise isotópica de estrôncio em carbonatos visando estudos geocronológicos. Dessa parceria surgiu a decisão de ampliar o espectro de atuação do Pará-Iso com a aquisição de um espectrômetro de massa para isótopos estáveis leves (IRMS, isotope ratio mass espectrometer). Com recursos da FINEP/CTPETRO, foi adquirido o IRMS Finnigan MAT 252, com um sistema KIEL-III de extração de CO2 em carbonatos on line. Este sistema, que está em pleno funcionamento desde meados de 2002, é capaz de realizar micro análises de amostras de carbonatos (menos de 100 µg de amostra) e é o único instalado em instituições de ensino e pesquisa no Brasil.
A opção por ampliar as atividades do Pará-Iso para isótopos leves não deve se restringir ao estudo de carbonatos. O MAT 252 foi intencionalmente adquirido com um sistema de detenção de hidrogênio e deutério (H/D) pois, no futuro próximo, pretende-se implantar a determinação isotópica de H/D e O em águas naturais.
A modernização das técnicas analíticas empregadas no laboratório é uma preocupação permanente dos pesquisadores do Pará-Iso. Em função disso, tem-se buscado ampliar o quadro de colaboradores através da contratação de professores visitantes e/ou de bolsistas de Desenvolvimento Científico Regional, que atuam no aperfeiçoamento e na implantação de novas metodologias. Dessa forma, com a colaboração do Dr. Robert Krymsky (Rússia) foi colocado em rotina o método U-Pb por Diluição Isotópica em zircão (monocristal polido) e em outros minerais acessórios, como titanita, apatita e rutilo.
O Laboratório Pará-Iso, junto com a USP, a UFRGS e a UnB, integram a Rede Geochronos – Rede Nacional de Estudos Geocronológicos, Geodinâmicos e Ambientais, a qual foi implantada com recursos da Petrobras, Ministério da Ciência e Tecnologia e Ministério de Minas e Energia. A Rede tem como objetivo a geração de dados analíticos de alta precisão em geocronologia e geoquímica isotópica nas áreas de petróleo, mineração e ambiental.
Como resultado de sua participação na Rede Geochronos foi instalado no Laboratório Pará-Iso um espectrômetro de massa com fonte plasma e sistema de ablação a laser – ICP-MS-LA - modelo Neptune fabricado pela Thermo Scientific. Esse equipamento permite a determinação do teor e da composição isotópica de diversos elementos (Sm, Nd, U, Th, Pb, Lu, Hf, Sr, Fe, Mo, Mg etc.) em material sólido e líquido. A instalação do ICP-MS-LA possibilita a ampliação dos campos de atuação do Pará-Iso nas áreas de petrologia, geoquímica, geotectônica, prospecção mineral, exploração de petróleo e meio ambiente. A possibilidade de realizar análises pontuais com o sistema de ablação a laser abre uma nova fronteira nas análises isotópicas.
Paralelamente à instalação do ICP-MS-LA, o Laboratório Pará-Iso também reforçou e ampliou a sua infra-estrutura laboratorial com novas salas de química ultra-limpas, além de espaço físico adequado para receber pesquisadores, estudantes e profissionais em geociências, consolidando a sua vocação de laboratório multi-usuários. Nestas quatro décadas de existência, o Pará-Iso tem se destacado no auxílio às investigações geocronológicas e de evolução crustal no Brasil, sobretudo na região Amazônica. Os dados isotópicos aqui gerados têm sido ampliados, progressivamente, para apoiar estudos ambientais, estratigráficos, metalogenéticos e em apoio à exploração de hidrocarbonetos.
O Laboratório de Geologia Isotópica da Universidade Federal do Pará, criado em 1983 com recursos da FINEP/FNDCT, está ligado ao Instituto de Geociências da UFPA. Desde a sua criação, seus membros têm procurado ampliar o número de metodologias implantadas na busca de colaborar na resolução de diversos problemas geológicos e atender um maior número de usuários. Esse atendimento tem sido realizado através do desenvolvimento de trabalhos acadêmicos (teses, dissertações, iniciações científicas etc.), colaborações científicas, convênios e prestações de serviço. Os interessados em realizar estudos isotópicos e ou geocronológicos no Pará-Iso devem procurar um de seus pesquisadores (ver endereços eletrônicos em Equipe).
Geocronologia e Evolução Geodinâmica
Envolve estudos isotópicos pelos métodos Pb-Pb, U-Pb, Sm-Nd e Rb-Sr visando a elaboração de modelos geodinâmicos de evolução de segmentos crustais da América do Sul e porção ocidental da África.
Geoquímica Isotópica Aplicada
Envolve a aplicação de isótopos na exploração de hidrocarbonetos, no estudo da gênese e evolução de depósitos minerais, na caracterização de ambientes e estudo de proveniência, bem como, na investigação de problemas ambientais.